Muitas das top competências demandadas pelo mercado de trabalho hoje, como ciência de dados, especialização em diversidade e gestão de mídias sociais, não existiam 10 anos atrás. Há apenas dois anos, o número de empresas que praticavam home office era tão pequeno que ninguém imaginava que, em 2020, boa parte das organizações deixariam seus funcionários […]
Muitas das top competências demandadas pelo mercado de trabalho hoje, como ciência de dados, especialização em diversidade e gestão de mídias sociais, não existiam 10 anos atrás. Há apenas dois anos, o número de empresas que praticavam home office era tão pequeno que ninguém imaginava que, em 2020, boa parte das organizações deixariam seus funcionários trabalharem de casa para diminuir a transmissão de uma pandemia global. Não é mais segredo que as coisas mudam o tempo todo. A tecnologia avança cada vez mais rápido, tornando ainda mais importante adaptar-se ao Mundo VUCA.
Não é à toa que a capacidade de aprender novas competências sob demanda e se reinventar é, possivelmente, a habilidade mais essencial para prosperar e não ficar para trás.
Se você se interessa por esse assunto, aqui você vai aprender o que é o Mundo VUCA, quais seus impactos na nossa vida profissional e como se preparar para uma realidade que não para de mudar.
Mundo VUCA é um termo que surgiu na década de 90, quando o exército norte-americado adotou a sigla para descrever a nova realidade do mundo e as possíveis dificuldades a serem enfrentadas após a guerra fria.
Apesar de ser um termo antigo, ele ainda está em alta e pode se aplicar muito bem à realidade que vivemos hoje.
“VUCA” é um acrônimo das palavras Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade).
Vamos descobrir um pouco mais sobre cada uma delas?
A volatilidade vem pela velocidade das mudanças. Para você ter uma ideia, as tecnologias atuais já revolucionaram nossa forma de trabalhar, viver e se relacionar. O Whatsapp, fundado em 2009, já chega a 2 bilhões de usuários. O Instagram, que surgiu há 11 anos e hoje já reúne mais de 800 milhões de usuários ativos por mês, se tornou a maior vitrine virtual das empresas, e um dos maiores diferenciais na tomada de decisão de compra. Já o Tinder, que alterou a forma de encontrar possíveis parcerias, se tornou ainda mais indispensável durante a pandemia. Com o isolamento, o número médio de mensagens enviadas por dia aumentou 19% e, em seu relatório do terceiro trimestre de 2020, o app alcançou 10,8 milhões de usuários pagantes, um aumento de 12%.
O ritmo de transformação só acelera. Muita coisa ainda pode (e vai) mudar ao longo dos próximos anos.
De acordo com Ray Kurzweil, diretor de engenharia do Google e um dos futuristas mais respeitados no mundo, a cada década, o mundo dobra de velocidade. Em 50 anos, então, teremos um mundo 32x mais veloz, motivo pelo qual futuristas dificilmente tentarão fazer projeções para além das próximas duas décadas.
Você já parou para pensar em quantas novas habilidades vai ter que aprender sob demanda para se manter relevante?
A incerteza está diretamente relacionada à volatilidade. Com tanta coisa mudando na velocidade da luz, se tornou muito difícil (para não dizer impossível) prever cada uma dessas mudanças e os impactos que elas trarão para os negócios e para o mundo.
Por mais que tenhamos milhares de dados e previsões ao nosso dispor, não é possível saber quais deles ainda podem ser levados em consideração nos dias de hoje. Por isso o Fórum Econômico Mundial elegeu, junto com o aprendizado ativo, a capacidade de análise e inovação como as habilidades mais relevantes em 2020.
Nesse cenário, a velocidade de iteração se torna ainda mais valiosa do que a qualidade da iteração, máxima conhecida como a Lei de Iteração de Boyd.
Isso pressupõe uma mentalidade voltada a testes e experimentações, onde sempre estamos dando sentido às informações do meio.
A mesma lógica pode ser aplicada aos nossos esforços de aprendizado!
O processo começa com o levantamento de informações, que leva à –> análise de dados, que leva à –> experimentação, que leva à –> experimentação e, por fim, retorna ao –> levantamento de informações sobre o experimento. É um processo vivo!
Por causa de todas essas mudanças e todos os detalhes que envolvem cada uma delas, o mundo está se tornando cada vez mais complexo.
Cada decisão que tomamos pode desencadear uma série de consequências e eventos em cascata. Negócios globais têm que se adaptar às diferentes legislações dos países onde fazem negócio. Ou ainda: um pequeno desentendimento com um cliente da sua empresa pode ter o poder de impactar toda a estrutura da marca, e prejudicar até mesmo o relacionamento com os fornecedores. Temos cada vez mais pessoas, ferramentas e conhecimentos interconectados globalmente.
Tendo isso em vista, negócios devem passar por reestruturações, contratar ou desenvolver especialistas e utilizar recursos que deem conta da complexidade do Mundo VUCA.
Um bom ponto de partida é entender quais são as bases estruturais e quais são as variáveis de cada modelo ou situação. Um ótimo exemplo é a árvore do conhecimento de Elon Musk, onde ele elenca:
Quando você começa entendendo as bases do conhecimento sobre as quais vários campos se apoiam, consegue aprender novas habilidades com mais facilidade, por enxergar a base comum entre diferentes campos sem se deixar perder nos detalhes.
Já a ambiguidade, a última letra no acrônimo do Mundo VUCA, trata da dificuldade de analisar essas mudanças e seus impactos em uma visão única. Relações de causa e efeito são difíceis de se estabelecer, e atuamos num cenário onde não existem precedentes.
Aqui, não temos clareza sobre como interpretar determinado evento por conta de informações incompletas, contraditórias ou difíceis de precisar. Mais uma vez, a mentalidade voltada a testes pode ajudar, já que determinar as relações causais exigem que se gere hipóteses e testes. O desafio está em criar experimentos onde as lições aprendidas possam ser aplicadas de forma ampla.
Dado todo o cenário do Mundo VUCA que acabamos de apresentar, seria lógico que “aprender a aprender” fosse matéria obrigatória nas escolas e empresas, mas isso não é verdade.
A grade curricular que tivemos na escola ou até mesmo na faculdade nos ensinou conceitos que podem ser considerados inúteis nos dias de hoje, e os modelos antigos de aprendizagem não fazem mais sentido.
Por isso, para se preparar para um mundo VUCA, é essencial trabalhar a capacidade de se adaptar rapidamente e de maneira otimista aos novos cenários e aceitá-los (ao invés de lutar contra eles). A gente querendo ou não, as coisas vão mudar.
Se você quer ter acesso a mais conteúdos como esse para aprofundar seus conhecimentos e acelerar seu aprendizado, se inscreva na nossa newsletter e receba uma curadoria de materiais escolhidos a dedo, em primeira mão, direto na sua caixa de entrada.