A quarta revolução industrial chegou para alterar de forma profunda como nós trabalhamos, vivemos, e nos relacionamos. As divisões entre as áreas do conhecimento estão se tornando cada vez mais difusas – tecnologia, biologia, manufatura, digital… Sem falar que a velocidade dessas mudanças acontece de forma sem precedentes. Ela já está transformando cadeias inteiras de […]
A quarta revolução industrial chegou para alterar de forma profunda como nós trabalhamos, vivemos, e nos relacionamos. As divisões entre as áreas do conhecimento estão se tornando cada vez mais difusas – tecnologia, biologia, manufatura, digital… Sem falar que a velocidade dessas mudanças acontece de forma sem precedentes.
Ela já está transformando cadeias inteiras de produção, gerenciamento e governança. O que nos leva à conclusão de que precisamos de um novo tipo de liderança. Uma liderança 4.0., preparada para lidar com os desafios e oportunidades no horizonte.
Por outro lado, ao conversar com executivos de alto escalão em empresas maduras digitalmente, identificamos uma linha comum. Muitas vezes, as próprias lideranças funcionam como barreiras que travam a transformação digital nas empresas.
Segundo Denis Caldeira, vice-presidente de vendas e experiência do cliente no Quinto Andar, é essencial que todos os níveis de liderança estejam comprados quanto às iniciativas de mudança. “Vejo uma grande diferença entre a alta liderança e a gerência média.
No geral, existem elos de comunicação muito quebrados, sendo que toda a diretriz precisa cascatear para a organização. Nesse sentido, o papel do gerente é fundamental.”
De acordo com ele, uma saída é envolver os gerentes médios no processo de decisão para que façam parte e abracem o que quer que seja acordado.
Essa visão mais colaborativa na criação de diretrizes está alinhada com esse artigo da McKinsey, que diz ser imperativo um novo estilo de liderança que responda aos apelos da sociedade atual. No gráfico abaixo mostramos o que as grandes pioneiras em mudanças de sistemas têm em comum.
A tendência que acabamos de apresentar é uma realidade mesmo para empresas que não estão na liderança dessas mudanças (e para essas mesmas estão as maiores oportunidades de se adiantar e se destacar).
Neste artigo, a Deloitte faz uma análise do cenário das empresas líderes em transformação digital no mercado da manufatura. No geral, essa é uma área bastante tradicional, ficando bem atrás de diversas outras indústrias nos quesitos de maturidade digital e horizonte estratégico (como fica claro no quadro abaixo).
Nesse mercado, 26 em cada 100 empresas estão assumindo a liderança das transformações e prontas para adotar novas tecnologias. Enquanto isso, 51 são seguidoras que até acreditamno poder da tecnologia, mas a quem falta o pioneirismo.
Por fim, 23 sequer atentam para o valor que as novas tecnologias podem trazer ao seu negócio. Em qual desses grupos você apostaria para se destacar, ganhar mercado, e crescer acima da média?
Nesse artigo aqui, mostramos que o jogo está claramente a favor do primeiro grupo. Então fica a pergunta, como liderar em meio à quarta revolução industrial?
Habilidade de lidar com a tecnologia é crítica, mas o lado humano continua indispensável. Um report da Deloitte de 2017 mostra que apenas 5% das organizações diz ter lideranças capazes de atuar no novo cenário. Na época, no entanto, 72% estava desenvolvendo programas voltados aos seus diretores e coordenadores focado em gerenciamento digital.
Eles identificaram 3 tipos de líderes:
Segundo a Deloitte, cada organização precisa desses três perfis no seu time como forma de garantir bons resultados.
Essas serão peças-chave para garantir o aumento da maturidade digital, a ambidestria organizacional, a aplicação correta das metodologias ágeis e a excelência operacional. Para cada momento, estilos diferentes de liderança se fazem necessários.
Para Flammia, “esses líderes precisam ter uma habilidade grande de vender o propósito dessa mudança. Devem contagiar seu time e todos os envolvidos em prol desse movimento.
Por fim, têm que ser capazes de atrair e reter talentos, não apenas vendendo a proposta de transformação, como também desenvolvendo a equipe.”
As indústrias que mais focam em operações inclusive são as que mais têm potencial 1,3% maior que as demais de melhorar a produção com o uso de automações. Os dados ao lado são da McKinsey:
Nesses mercados em especial, os líderes ainda se sentem despreparados para lidar com os desafios à frente. No mesmo artigo, a McKinsey conta que numa de suas pesquisas, ⅔ dos entrevistados disse que falta de habilidades estava no top 10 de problemas enfrentados pelas empresas.
Apenas 7% disse que suas organizações estavam preparadas para vencer os gaps esperados pelos próximos 5 anos. Mais do que qualquer coisa, vemos uma necessidade de se preparar para lidar com contextos em constante transformação. “Já que a transformação digital tem a ver com estratégia, a primeira coisa que eu tenho que fazer é ler muito bem o contexto da empresa,” conta Flammia.
Assim é possível fazer uma transformação sob medida para a empresa, e não um modismo que você encontra facilmente no Google. “Tem muita gente falando e fazendo. O ponto é: como você pega todo esse conhecimento que está no mercado e aplica ao seu negócio, ao seu caso, ao seu problema.”
Líderes precisam trabalhar em 3 capacidades específicas, segundo um estudo da Deloitte em parceria com o MIT, para chegar ao nível de liderança 4.0.
Em cenários mais tradicionais, os projetos são previsíveis. José Roberto Paim Neto, head de business intelligence na CPFL Energia, conta que se vai construir um novo reservatório, existe um passo a passo que deve ser obedecido.
Num cenário previsível, buscar um processo inovador pode acarretar custos dispensáveis. Num ambiente ambíguo, por outro lado, isso se torna uma necessidade. Aí, metodologias ágeis são mais adequadas. Por isso, então, os líderes devem ter fortes habilidades de adaptação.
Tudo começa com a construção de um novo mindset e cultura. Esse report da Deloitte dá um direcionamento sobre as mudanças que precisam ser feitas.
Nessa pesquisa da McKinsey, ⅔ dos entrevistados acreditam que as corporações devem assumir a liderança no desenvolvimento das habilidades necessárias para a quarta revolução industrial, e 80% entende que pelo menos 50% das vagas deveriam ser preenchidas por quem já está dentro da própria organização.
Cabe também aos colaboradores assumir a gestão da própria carreira, atentando às oportunidades de desenvolvimento que hoje estão em abundância. Essa mesma lógica se aplica aos líderes. Em último caso, uma reestruturação pode ser necessária.
Para Denis Caldeira, se um colaborador não se adapta à cultura, a relação de trabalho termina prejudicando tanto a empresa quanto o profissional. Aí, o desligamento pode ser a melhor opção. Mas isso é em último caso, claro. Num mundo ideal, as contratações seriam feitas já considerando o cenário atual da tecnologia e do mundo.
A transformação, afinal, é feita pelas pessoas – começando com seus líderes. A liderança 4.0. ainda é um tema relativamente novo, e a maioria dos mercados está começando agora a atentar para isso. Por esse mesmo motivo, é o melhor momento para investir, treinar e preparar suas lideranças.
Veja nossos treimentos para líderes 4.0 aqui.
Você já conhece o Transformation Experts? Esse é nosso treinamento sob medida onde grandes líderes em transformação digital contam sobre boas práticas, desafios, e oportunidades que encontraram pelo caminho. É quase como sentar numa mesa junto dos seus mais novos mentores. [redatores]
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